A Lírica do Exílio e a cultura brasileira (1)
— Joâo Cezar de Castro Rocha
A forma do exílio?
Nesta e nas próximas duas colunas, estarei propondo uma reflexão sobre a centralidade do exílio na cultura brasileira. Como entender o fenômeno? Por que a distância se impôs como condição necessária para o exame de determinados traços da experiência histórica nos tristes trópicos?
O breve estudo de dois poemas constitui um ponto de partida conveniente. Penso em Doçura de amor, de Domingos Caldas Barbosa, aparecido na coletânea Viola de Lereno (1798), e em Música brasileira, poema de Olavo Bilac, saído em Tarde (1917).
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